Justiça francesa anula<br>proibição do burquíni
A Justiça francesa suspendeu, dia 26, a proibição do uso do burquíni (o fato de banho das mulheres muçulmanas), decretada ilegitimamente em vários municípios gauleses.
A decisão foi tomada pelo Conselho de Estado, a instância suprema da Justiça administrativa de França, na sequência de várias queixas individuais e de grupos de direitos humanos.
Os magistrados deixaram claro que as liberdades individuais só podem ser restringidas em caso de «risco comprovado» para a ordem pública.
A sentença foi elogiada por representantes da comunidade islâmica em França, que a consideraram uma «vitória do Direito» e da «sensatez».
Na véspera, o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, candidato às primárias da direita para as presidenciais de 2017, tinha classificado o burquíni como «uma provocação», propondo que os símbolos religiosos fossem igualmente proibidos nas empresas, instituições públicas e universidades.